quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Trinta e um de dezembro de dois mil e oito.

Hoje eu estou dizendo adeus. Adeus ao ano que passou, a minha covardia, aos meus segredos, aos meus desejos e até adeus para as ilusões que eu criei para pessoas que não mereciam.Errei, escondi, chorei, magoei, aprendi e espero pelo menos um equilíbrio entre meus erros e acertos.Pois eu sei, que há alguém que me entende, que sabe que se eu causei sofrimento não foi por intenção, quando eu suportei estar vivendo uma mentira, foi somente para o seu bem, querendo evitar o seu sofrimento.No momento que eu entrei na vida de algumas pessoas, eu senti tudo fluar tão verdadeiramente, tornando a entrega tão grande, que mesmo se eu estivesse sofrendo por falta de atenção ou pelo que a consideração não fosse recíproca, eu aceitei, por me preocupar e querer que antes de eu mesma, as pessoas ao meu redor estivessem felizes. Nesse fim de ano eu parei com toda essa mentira, cansei de respirar esses segredos.Hoje, sabem do que eu penso, de minhas preocupações, de minhas mudanças e inconstâncias.Já não vale tanto a pena dar tudo de si e não receber ao mínimo companheirismo.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Esconderijo.

Enclausurada por pessoas, presa em palavras.Deste modo eu me perdi.Era como se fosse uma brincadeira, um teste para mim.Ao me procurar, havia muitas coisas no caminhos, sons e ruídos me distrairam, me fizeram perder o foco.Larguei, errei, sofri e chorei.Então fugi.Fui embora e aqui estou, decifrando o jogo e revendo as minhas escolhas. Continuo me procurando, pois a essencia é a mesma e quando me pergunto aos ruídos.. deles nem me lembro quando e como.Quando penso no que eu era eu lembro, eu sei qual seria a minha opinião sobre os fatos, porém os sons, não passam de uma distração ou de um passatempo.A diferença está na base, no que realmente importa, o insignificante simplesmente morre.

Cada vez mais te vejo em mim.

Vivendo uma mentira?Erros e acertos? Talvez eu ainda esteja criando aquela ilusão pra você e dentro de mim.Não que você não seja suficiente, pois há algo em você que me faz bem, que não me deixa simplesmente te largar e jogar tudo isso fora... querendo ou não, sendo amor ou sei lá o que. Cada vez mais eu te vejo em mim.

Talvez.

Talvez quando já for tarde o suficiente, eu descubra que o amor é essencial.Talvez o meu orgulho ainda toma conta de mim, e do meu coração.Talvez o dia em que eu perceber que sem você me sinto perdida e estiver disposta a me dedicar somente a ti, sem sequer alguma dúvida, você já vai ter se machucado demais, minha indiferença e toda a minha complicação talvez esteja te destruindo.

Fiz tudo que eu fiz, confesso a minha dor.

O que um dia me fez feliz, continua aqui, tudo ao meu lado, sempre em minhas mãos.Mas será o suficiente?Eu sinto a falta dos meus risos sinceros, da expectativa de um novo amor, dos diversos sentimentos que proporcionavam-me frio na barriga, que acredito terem se acabado. Será que existe o amor, sem o encanto? Ou todo esse tempo eu estive me enganando e criando um castelo de ilusões pra você?Depois de tudo eu só queria ser feliz, e não sorrisos temporários, emoções passageiras. A verdade é que eu sempre soube que eu viria a te machucar, eu sei que a minha dualidade, a minha capacidade de aceitar mudanças vem te surpreendendo, talvez eu escondi a verdade, escondi a paixão pela liberdade, optei por ter os meus mistérios.Durante todo esse tempo, você nem imagina isso, que o meu sorriso que continua pregado em minha face já não passa de uma parte do meu cenário, do meu teatro e de todos personagens que posso ser.

Temporário

Aquilo que eu te jurei, sentimentos que eu presenciei, simplesmente foram embora, com o vento frio que tornou de nosso relacionamento meu cotidiano. E mesmo contestando os meus sentimentos, querendo de volta a minha antiga liberdade, eu me apeguei a você e seus sorrisos, seus carinhos .. talvez seria melhor se não tivesse passado sequer de empolgação, ou de mais uma paixão. ah se eu não tivesse levado tão a sério, se eu não tivesse me entregado a você, talvez eu estivesse sem esse sentimento de culpa, sem essa vergonha do que eu sou e do mal que eu estou te causando.