Chego cansada de mim mesma, do que me rodeia ... olho para o
céu na procura de uma vaga resposta, um pequeno placa de abrigo. Como humana
impaciente, não tenho previsão para que a felicidade entre pela minha janela e
ilumine toda a minha vida, perpetuamente. Meu coração aperta, pede socorro,
grita e implora por uma segurança, nem que em um dia distante, se eu soubesse
esperar...
Procuro escutar os silenciosos sussurros da minha alma. O
vazio permanece enquanto me controlo para que todas as minhas inquietudes não gritem e acordem a minha mania de demonstrar paz. São tantas dúvidas abafadas
pela minha pressa e necessidade de ser feliz, de aproveitar o que há agora. E
todo dia eu aceito deixar pra depois meu choro que engulo em um ácido soluço cortando a minha garganta e que atravessa e arranha a cada poro de minha pele.
Não sei se me calo, se grito. Não sei até quando consigo
lidar comigo mesma, vivendo uma constante tentativa de entender e explicar o indizível ser humano que sou.