quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Eu escrevo porque tenho vontade de gritar. E se tenho vontade de escrever e não posso, eu grito! Grito pra espantar, grito por querer sumir, grito por muitas vezes não poder escapar. Essa gritaria não é pra ninguém escutar, nem mesmo espero que alguém possa me calar. Afinal, enquanto escrevo estou vomitando lágrimas em silêncio.
Quero ir embora, ir muito embora, tão longe, tão embora...
Não to aqui pra segurar o choro, nem pra fingir que esqueci o que ainda me tira noites de sono...
Eu quero é gritar até perder o fôlego, quero libertar todo o pranto esgasgado, até que a dor que eu sinta, seja uma dor de ausência de disposição, uma fraqueza física. Antes um corpo indisposto, do que uma alma cansada.

sábado, 15 de outubro de 2011

Melodrama e folhas úmidas.
Eu não consigo te deixar ir... não vá, meu amor. Onde há saudades, há dor.
Fique, até o jantar.
Não quero deixar nosso amor esfriar.
É possível sonhar quando os travesseiros estão umedecidos, a maquiagem está sujando a fronha e o rosto está manchado?

E se eu me sentir vazia?

O meu vazio não é superficialidade, falta de caráter ou de personalidade. É um buraco em que foi rancado todo meu amor, haviam raízes e sobrou dor. Hoje só rego a ausência e toda essa saudade. Ser vazia é ter perdido o maior sentimento e a maior esperança.
Pode haver frieza, mas não falta de amor. Não deixarei congelar... Mas para isso, venha. Mostre que não tem medo, quero que hoje seja suficiente para nós dois. Preciso queimar, por favor traga a lenha. Venha, mesmo que seja pra nunca mais voltar.

Infelizmente percebi que menos é mais. Quanto mais eu faço por alguém, menos fazem por mim.

Quero segurar essa ansiedade antes que ela escorra pelos meus olhos.

Eu queria facilitar esse processo e conseguir pular a etapa “sofrimento”. Que o sexo fosse bom apenas pelo prazer. Que houvesse apenas excitação e menos paixão. Queria que o sexo significasse menos do que ser apaixonada por um cheiro, ficar extasiada por um toque e ser sedenta por um gosto.

Querer? Eu realmente queria querer, mas tragicamente prefiro as lembranças de como você pode ser especial do que ter a certeza que poderá chegar outra pessoa e substituí-lo.

Estar apenas pela companhia, sem a aflição em pensar na ausência. Pegar carona com meu orgulho e deixar você ir... Sem olhar pra trás esperando o último sorriso. Esquecer a saudade e procurar outro pra ocupar seu lugar.

Comigo sempre foi assim: gostar de quem está com tudo ou gostar de quem não está com nada.

sábado, 8 de outubro de 2011

Choque térmico

Ela não é só fogo, nem mesmo só gelo. Anda fria por aí, mas é só nela encostar pra vê-la suar e te fazer suar frio. Derreter todo gelo em brasas... chamas escuras no fundo de um olhar .Soar, derreter, desmanchar o que houver de coração.

domingo, 2 de outubro de 2011

E toda essa dureza acaba quando te vejo chegando. O vento, o charme, os pés, o caminhar, o cheiro...
Você se aproximando lentamente e fazendo eu pensar na saudade, na vontade e até em amor... quem sabe um dia ele pode se juntar entre nós?
Será que o tempo vai arrumar um tempo pra nós?