sábado, 11 de fevereiro de 2012

Desejo de renuncia

Exaustidão. Cansaço físico que persiste em me atormentar, tirando momentos de paz do meu dia. Momentos que reproduzem-se em posteriores pensamentos soltos, possíveis soluções e razões que lotam o meu intelecto, já bagunçado e sobrecarregado o suficiente. Desejos, devaneios, alternativas e opções, escolhas, caminhos, destinos, sina, memórias, passado e o tão massante presente. Dessa vez o meu cansaço começou fisicamente, foi atropelando minha paciência, minha tolerância e meus limites. Sinto-me observada por ser reflexiva, por não ser movida a sorrisos e palavras tolas sopradas por educação. Não serei uma capa para agradar, um enfeite para colorir ou decorar uma estante que traz poeira de tempos vividos que não são mais do que lembranças... A minha mente pede que seja mais utilizada, não aceito ser limitada e indicada a não pensar e sempre agir no piloto automático. Não me tornarei uma robótica que distribui sorrisos fechados e que conversará com qualquer um sobre qualquer coisa, apenas para ser agradável. Quando mostro que sou mais do que isso, que não necessito de uma utópica imagem para me manter firme, sou questionada e vigiada. Questionamentos são importantes quando a intenção é para o aprendizado, por curiosidade e para um maior acervo de sabedoria. Dispenso intrometimento para julgar meus atos e minha mente que ainda é agitada, meu cérebro que para os outros, possui ideias caóticas e aéreas, mas com ele e seus diversos rodeios e volteios, estou firme e equilibrada em planos, possibilidades, erros e acertos. Não espere a minha ajuda se quiser alguém que concorde com todos suas frases feitas, antigas e os pensamentos que você é induzido a ter. Pretendo ser formadora de opinião, conduzir o meu caminho e guiar as minhas reflexões. Tenho sede de conhecimento, sei que vou encontrá-lo por aí, com pessoas que não perderão seus preciosos tempos julgando aqueles que tanto gostam de pensar, aqueles que muita mais valorizam a quietude à uma conversa forçadamente exaustiva... Cansaço.

É o seu cheiro, doce fragância do pecado que inalei pelos meus poros, suguei com toda a minha língua e que hoje percorre as minhas veias. O seu aroma me desperta nas manhãs frias, fazendo meu corpo sentir calor, suar, querer água, querer fogo... querer você entre minhas pernas. Seus olhos na minha boca, minha boca olhando e sentindo cada pedaço do seu corpo, desejando não ter que ir embora nunca mais. Nosso suor se seca, nossas mãos se soltam. Adeus. Preciso caminhar e distribuir pelos ares e pra toda a natureza a graça e a leveza do profundo exalar do seu erotismo na minha pele. Novamente desejo o seu corpo, passo meus dedos sobre minhas pernas... aaaah, seus lábios roçando por todo meu tecido! Um arrepio e um suspiro. Doces lábios, amargas palavras que encharcam de dor toda a minha alma, aquela que sangra noite e dia porquê clama pelo seu socorro.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Deixa ir embora...
As vezes você quer alguém perto, pois não experimentou como pode ser ainda melhor ter essa pessoa longe.