sexta-feira, 12 de junho de 2009

Constante inconstância.

Prefiro não acreditar no que vejo, na falsidade que você distribui em sorrisos, na mentira que carrega em teu olhar.Diferentemente de todos, eu sei o que se passa, sei o que você quer. Conheço a tua necessidade de fugir dos encontros, de me evitar, de tornar tudo breve.Mesmo que as coisas não sejam como no início, que o amor afrouxou-se, a confiança acabou e o orgulho agravou, nós sabemos que há uma ligação, que juntos já enfrentamos à todos, que fomos melhores quando um pertencia ao outro, e esse é o nosso medo, que tenhamos que enfrentar as dificuldades novamente, por algo que criou-se entre nós, maldito vínculo.Eu vejo que você prefere afastar-se, do que ser obrigado a me enfrentar, e enfrentar toda realidade que nem sempre são flores, a tosca realidade que desgasta, que fere e que esconde o que tínhamos de melhor.Eu ainda temo os meus olhos nos teus, não sei o que você enxerga dentro de mim.Você sempre soube notar minhas mentiras, e ler as minhas verdades, somente em um olhar.Hoje, eu não sei se é que eu tenho algo de concreto para te oferecer.Agora quero, logo canso, depois hesito e mais tarde talvez eu ainda te queira.Então percebo que eu sempre vou ter meus medos, sempre irei tentar descobrir o que sinto.Só irei poder te aceitar, de alguma forma, sem esse receio, quando eu resolver me encarar, decidir se valerá a pena eu colocar todo o peso de minhas inconstâncias em cima de um homem, tornando-o diferente, quando as vezes, quem fez a diferença em tudo, foi somente eu.

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